Uma apreciação inata pela beleza das coisas aliada ao desejo curioso de aprender cada vez mais. Foi assim, quase por acaso, que Lina Prades se tornou uma designer de joias. Hoje, com o olhar e o fazer lapidados por anos de experiência e estudo, ela se destaca por seu trabalho manual, criativo e com estética particular. Em parceria com a Alke, Lina compartilha um pouco do seu conceito, dos processos de criação e da trajetória entre técnicas, materiais e experimentações.
Para começar, ela nos conta do seu início, meio sem querer, em uma joalheria. A história se revela quando a então estudante de letras se encanta pelo acessório que uma amiga usava: “Encontrei uma amiga em uma viagem pela Bahia e perguntei onde ela tinha comprado o anel que estava usando. Ela me disse que tinha feito e isso me despertou bastante curiosidade”. O interesse genuíno pela peça autoral se tornou um curso livre de joalheria na Vila Madalena e uma paixão absoluta pela profissão. E foi assim que as palavras deram lugar às pedras “Tranquei a faculdade de Letras e comecei a montar meu ateliê. Faz 12 anos desde esse primeiro contato e continuo apaixonada pelo que faço!”, conta.
De lá pra cá, sua experiência foi sendo adquirida em cursos livres onde encontrou vários mentores que a ensinaram diferentes técnicas, estilos de acabamento e processos de criação. Atualmente trabalha dando aulas de joalheria, desenvolvendo coleções autorais e atendendo pedidos sob encomenda. Mas uma coisa nunca deixou de estar presente nessa trajetória: a vontade de experimentar. É por meio dela que a inspiração e o processo criativo acontecem. “As criações vêm, principalmente, da experimentação com materiais, texturas, formas e cores. Eu gosto de trabalhar formas orgânicas e me inspiro bastante em elementos da natureza”.
Entre suas formas preferidas de trabalho, Lina revela o interesse por trabalhar com “inlay”, técnica em que se utilizam fragmentos de pedras ou pó de areia, canela, café ou qualquer material em pó ou em pedaços que seja possível trabalhar com resina. “O inlay me fascinou por permitir que a pedra se adapte ao desenho da joia e não o contrário. Com essa técnica, posso encaixar cores em qualquer forma que eu quiser criar”, conta a designer que faz da liberdade o seu guia para criar um trabalho que vai na contramão da monotonia. “A possibilidade de criar é infinita, a quantidade de técnicas para se aprender, também! Então é sempre um prazer trabalhar e poder explorar novas ideias e formas de fazer as coisas”, complementa.
O resultado de tanta inspiração e entrega, é uma estética atemporal que, segundo ela, pode ser definida por simples e clean. Suas peças únicas, autorais e que revelam sua essência, têm identidade própria e acabam se tornando exclusivas por serem feitas uma a uma, à mão. “É importante encontrar sua voz criativa e, para mim, esse foi um processo gradual. Comecei aprendendo técnicas e com o tempo fui entendendo que gostaria de criar e como seria possível fazer isso.” finaliza a designer de joias.
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